Arritmia: Fibrilação Atrial

A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum em nossa prática clínica e a que mais gera atendimentos no setor de emergência. Existe um aumento de sua prevalência com o aumento da idade e geralmente está associada a alguma cardiopatia estrutural. A principal complicação é em relação aos eventos tromboembólicos como o acidente vascular cerebral (AVC) e por isso deve-se estar atento à anticoagulação correta.

Pode ser classificada em:

✔️Subclínica: assintomática, sendo detectada por dispositivos como marcapasso ou relógios (“smartwatches”), precisa ser confirmada por eletrocardiograma de superfície ou intracavitário.

✔️Paroxística: termina espontaneamente ou por intervenção dentro de 7 dias;

✔️Persistente: duração maior que sete dias;

✔️Persistente de longa data: duração maior que um ano;

✔️Permanente: longa data e refratária às tentativas de reversão de ritmo, onde se optou por manter o paciente apenas com controle de frequência cardíaca.

E ainda em:

✔️Valvar: quando associada à estenose mitral reumática, prótese valvar cardíaca ou valvoplastia prévia;

✔️Secundária: possui tendência a resolver quando se trata a doença de base (sepse, distúrbios hidroelétrolíticos, hipertireoidismo, etc).

👉🏼 O risco de eventos embólicos na fibrilação atrial é mensurado através do escore CHA2DS2-VASc, que leva em consideração a presença de insuficiência cardíaca, hipertensão, diabetes, sexo, idade, AVC prévio e doença vascular conhecida.
Um escore CHA2DS2-VASc ≥ 2 em homens e ≥ 3 em mulheres, indica anticoagulação crônica independente de cardioversão.

⚠️ A FA é uma doença multifatorial e com várias nuances de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Ainda falaremos muito dela por aqui, fique ligado!

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